2016

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sábado, 7 de janeiro de 2012

Opinião sobre o Ciclocross de Vila do Conde

Esta é a minha opinião, em que se pode dizer bem ou mal daquilo que vou dizer.
Antes de falar do Ciclocross, gostaria de dizer que amanhã será a minha última corrida com o equipamento do Póvoa BTT.
Normalmente quando estou nas corridas gosto de ouvir as pessoas a falar, para tirar as minhas ilações, para aprender com quem sabe. Há uns que sabem daquilo de que falam, há outros que falam, falam, dizem que fazem e acontecem e só dá vontade de lhes dizer uma coisinha feia.
Hoje tive oportunidade de ver o circuito de Ciclocross de Vila do Conde, não quero ofender ninguém, não ando no ciclismo para arranjar inimigos,mas tenho a dizer que este circuito é dos piores que já vi (se mantiver amanhã o percurso que estava delineado hoje). A pessoa que o fez deve pensar que quanto mais duro for o Cross e quanto mais os atletas desistirem e o material ser estragado melhor é. Falando pormenorizadamente do circuito, na parte de alcatrão não deve de haver nenhum obstáculo para poder dar hipóteses aos estradistas, para além de ser perigoso uma vez que se um atleta cair no alcatrão queimasse todo. A quantidade de areal é muito exagerada, se houvesse bicicletas com tracção ás duas rodas era o melhor para se fazer esse areal. Em relação às duas rampas estas necessitam de ser protegidas com antideslizante ou alcatifa e protegidas lateralmente, pois senão tornam-se muito perigosas. A parte em que se anda nas rochas deveria ser proibido pois se há quedas, que vão haver, irão provocar lesões que poderão ser graves. A quantidade de obstáculos é exagerada, o regulamento diz que apenas devem existir no máximo 4 obstáculos e apenas um deles artificial e este não deve ser de metal, nem ter arestas e a altura máxima é de 40cm e a distância entre as traves deverá ser de 4m e que devem ter protecção lateral. Aqueles troncos atrás do castelo vão ser muito difíceis de ultrapassar, principalmente na prova das femininas pois são muito grandes.
Continuando com a minha opinião este Ciclocross está talhado mais para atletas betetistas. Eu não compreendo as pessoas, que fazem provas quanto mais duras melhores. Este ano houve poucas corridas na Galiza, mas temos vários exemplos de como se faz um Ciclocross. Vejamos o do Velódromo era um circuito difícil? Não, não era. O Ciclocross de Boiro também tinha alguma areia, muita lama e água e com alguns obstáculos naturais, e no entanto não era difícil. Temos o circuito do Horácio Barros aquela rampa em tempos não tinha segurança, mas houve lá uma queda onde o atleta teve várias fracturas e tiveram de a proteger. Temos de ver os Ciclocross da Galiza como exemplos para a realização dos portugueses.
E gostaria de lembrar que uma prova de Ciclocross deve de ser feita no mínimo com 90% de bicicleta e deve de ter uma extensão mínima de 2,5km e máxima de 3,5km.
Assim não admira que para o ano não haja espanhóis nos Ciclocross portugueses, pois estes criticam muito a organização portuguesa.
Não quero com estas observações ofender quem delineou este Ciclocross, mas alertar para a formar como se estão a organizar os Ciclocross em Portugal, afim de se melhorar.




António Moreira

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