No fim de semana passado realizou-se a quarta prova do Global Máster Cycling, a Challenge de Aragón. Pelo que pude presenciar, foi uma das melhores organizações, melhor que de muitas profissionais.
A primeira prova começou ás 10 horas com um contrarrelógio em Longares. Como o número de inscritos foi à volta dos 200 a saída dos corredores dava-se de 30 em 30 segundos, exceto os vinte últimos, porque pertencia à Copa de Espanha nesta modalidade, e saiam de minuto a minuto.
O percurso tinha cerca de 10 km feitos em ida e volta, com alguma reta e varias rotundos a chegada um pouco perigosa. CRI feito para especialistas da modalidade e ótimo para dar brilho às, cada vez mais, incríveis bicicletas de contrarrelógio,.que os atletas masters apresentam. Mas o dia estava muito ventoso o que dificultava o bom andamento das cabras na ida, mas facilitava imenso na vinda já que era a favor. Eu até fiz um tempo dentro do previsto o que me surpreendeu visto levar uma bicicleta normal.
Vários nomes figuravam como favoritos para a vitoria, e os prognósticos não estiveram muito distantes do que era previsto. Foi o corredor leonés Ricardo Ferrero, do Turisleón, quem ganhou por 1 segundo sobre o 2º classificado, Juan Carlos Fdez “El Puma” do G.D. Orquín, e 2 segundos para o terceiro, José Manuel Díaz do Mobel Monforte del Cid. Tendo rodado os primeiros classificados a uma média de 48,52 km/h. A partir do vigésimo classificado a diferença superava os 40 segundos.
Pela tarde, deu-se a 2ª prova, os corredores partiam da localidade natal do pintor Francisco de Goya e Lucientes ( Fuendetodos) para percorrer 71 quilómetros por um terreno que se poderia classificar como rompe pernas, para além das subidas de 3ª categoria com muitos quilómetros e das descidas vertiginosos, devido ao vento extremamente forte que se fez sentir, os famosos abanicos foram o maior obstáculo a conquistar..
O líder provisório contava apenas com um companheiro para o ajudar, pelo que teve de selecionar muito bem os corredores que tinha de controlar para não perder o 1º lugar. Mas a sorte ou as forças, nesta etapa não esteve do seu lado e Ricardo não fazia parte dos novos corredores que chegaram destacados à meta.
O primeiro a cruzar a meta foi Mario Campos (Mobel Monforte del Cid), com 2 segundos de vantagem sobre Luís Miguel Peñas (Orquín), 5 sobre o seu companheiro José Manuel Moreno, 9 sobre o Campeão de Espanha M30 António Martín “Pispajo” (Esteve), 14 sobre o também Mobel Monforte del Cid, José Manuel Díaz, 16 sobre José David Gómez (G.D. Orquín) e 23 sobre Daniel Guerrero (Cliniconfort), Francisco Torrella (Gsport) e Juan Carlos Fdez (G.D. Orquín).
o primeiro grupo perseguidor chegou a 1’25″ encabeçado por Pablo Alonso da Goerna Intrespa. Os corredores foram chegando em grupos reduzidos. O vencedor do CRI só chegava à meta a 2’23″ do primeiro. A partir do trigésimo lugar as diferencias passaram para três minutos. Os juízes e as autoridades de Tráfego tiveram margem de manobra suficiente para fazer a classificação correta dos 152 corredores, onde quase metade perdeu mais de 7 minutos.
Eu tive muita dificuldade por causa do vento que obrigou o pelotão a fracionar-se e a haver muitos abanicos, nesta realidade não estou habituado a correr e fiquei muito cansado e com muitas dores musculares.
Com os tempos da geral a etapa do dia seguinte previa-se muito emocionante na luta pela vitoria final. As equipas Mobel e Orquín contavam com três corredores cada uma bem classificados para obterem a vitória. A todos os corredores esperavam-lhes 91 km com os últimos 30 realmente duros.
No dia seguinte deu-se a 3ª prova desta Challenge. Um dia bonito e quase sem vento. Com a disputa da etapa rainha em Cariñena, terminava esta edição da Challenge Aragón Máster onde o vencedor foi o corredor da G.D. Orquín Juan Carlos Fernández.
Como estava previsto a etapa partia com o controle da Mobel Monforte del Cid e da G.D. Orquín.
Rapidamente se formou una fuga donde só Daniel Guerrero (Cliniconfort) conseguiu colocar em risco a vitória das duas equipas mais fortes,. Pouco tempo depois da partida deu-se uma fuga, a que se foram juntando mais alguns atletas mas não punham em risco a classificação geral de: José Madrigal (RCB), Eduard Gómez (Megaelag) e Adrián Barceló (Goerna), os mais bem classificados nesta fuga.
No Alto de la Paniza e no Alto de Codos, situados na parte final da prova, eram subidas de 3ª e 2ª categoria, houve dois atletas que se distanciaram, Mario García (Mobel) e Juan Carlos Fernández (Orquin). Este duo manteve-se até à meta em Cariñena, sendo a vitoria para Mário, apesar de Juan Carlos ter ficado com a liderança da Challenge, graças à diferença conseguida no contrarrelógio.
O pelotão chegava muito faccionado, com o primeiro grupo a 2’13″ do vencedor da etapa.
Eu nesta prova descolei apenas no ultimo pré. de montanha que subia 8 kms, principalmente devido aos ataques dos perseguidores do camisola amarela.
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