2ª Crónica do 4º Grande Prémio José Amaro – Grândola (16/17-04-2011)

4º Grande Prémio José Amaro – Grândola (16/17-04-2011)
2ª Etapa
Melides/Grândola – 94km
De amarelo saía Luís Machado, dos Viveiros. Logo de inicio a etapa foi muito movimentada com sucessivos ataques de várias equipas nomeadamente os homens do Benfica de Almodôvar e do Fundiarte Crédito Agrícola. Desta duas equipas a mais inconformada era a do Benfica, lançando Celso Pereira numa fuga, nos primeiros 20km de prova, na tentativa de desgastar a equipa dos Viveiros, esta por sua vez não fez mais do que lhe competia e tentava defender a camisola amarela, mas demorou algum tempo a reagir o que poderia ter custado uma derrota.
Nesta fuga são ainda protagonistas mais dois elementos André Filipe do Benfica de Pataias e Luís Alexandre do Xyami Cozinhas, que seriam de extrema ajuda a Celso que por vários km se tornaria o virtual camisola amarela. Tudo fazia crer que quando chegássemos às serras que rodeiam Grândola, equipas como o Fundiarte que tinham Rui Rodrigues com o mesmo tempo de Luís Machado, mexessem no pelotão mas nada disso viria a acontecer.
Nas partes difíceis da etapa o pelotão teve alturas de ritmo bastante lento e isto contribuiu de feição ao Benfica de Almodôvar, pois fazia aumentar a diferença do pelotão para os homens da frente, por sua vez os Viveiros deixaram-se ir nos intentos do Benfica, chegando a fuga a ter um minuto e meio de avanço.
O Grândola continuava quieto, tirando uma tentativa de fuga de Rui Rodrigues. Se era assim que o Grândola pensava ganhar a corrida enganava-se pois neste momento não existe homem no nosso pelotão mais forte que Luís Machado e só numa fuga não controlada é que poderia surpreende-lo.
Na chegada a Grândola, vendo que a camisola amarela estava a mudar de dorso, a equipa dos Viveiros viu-se obrigada a um trabalho de grande perseguição.
O circuito foi feito a grande velocidade, na tentativa de anular a fuga. Nas primeiras voltas do circuito o Grândola passou para a frente e imprimiu o ritmo, tentando talvez lançar Rui Rodrigues para uma chegada mais destacada e roubar assim pontos a Luís Machado. Apesar destas tentativas só na última volta é que o pelotão conseguiu encurtar mais significativamente o tempo para os homens em fuga, o que obrigou os Viveiros a se empenharem ao ponto de Vítor Lourenço na última volta passar para a cabeça do pelotão e endereçar forte ataque para, numa derradeira tentativa, se colar aos homens em fuga, o que não aconteceu.
Na chegada à meta o pelotão fraccionou-se devido ao sprint conseguindo os primeiros da cabeça do pelotão anexar um dos fugitivos mas os outros dois conseguiam chegar à meta na frente. Tendo Celso Pereira ganho a etapa e Luís Machado chegado em 3º.
Assim aos pontos Luís Machado ganha o Prémio a Rui Rodrigues que chega ao mesmo tempo e Celso Pereira consegue subir na classificação.
Gostaria de aqui dar os parabéns à Associação de Setúbal, e gostaria que este prémio continua-se a ser organizado pelo Rui Serrano apesar de saber que este tipo de eventos dão muito trabalho e dores de cabeça a quem os está a organizar. Só tenho um reparo a fazer foi o tardio da hora da 2º etapa. Considero que poderia ser mais cedo afim das equipas de mais longe poderem chegar a casa mais cedo.
Quanto à minha corrida, as minhas expectativas ficaram um pouco aquém. Esperava que as duas etapas fossem todas feitas com andamentos muito mais fortes, nomeadamente nos terrenos mais íngremes visto que me encontro a sentir bem a subir.
A próxima corrida será dia 25 de Abril em Torrão e desde já digo na segunda parte da prova pretendo atacar mais que uma vez.

Saudações Desportivas
António Moreira

Nota: Gostei de ver a corrida do Ismael toda feita em 39 devido a avaria mecânica, parecia uma máquina de costura.